A Comunicação Interventricular (CIV) é a cardiopatia congênita mais comum, sem considerar a Valva Aórtica Bicúspide, com alguns estudos variando até 40% de todos os defeitos cardíacos e é caracterizada por um orifício no septo interventricular que é quem divide basicamente o ventrículo direito do ventrículo esquerdo. Sua frequência é de aproximadamente 0,6 casos para cada 1000 nascidos vivos, sem predileção por sexo. Nota-se uma grande associação de CIV com algumas síndromes como, por exemplo, as Síndromes de Down, Edwards, Patau, entre outras. O diagnóstico é dado pelo Ecocardiograma (ECO) Transtorácico, ficando reservado o cateterismo cardíaco para avaliação do grau de Hipertensão Pulmonar quando observado pelo ECO e provas de vasorreatividade pulmonar. Sua repercussão depende do tamanho do defeito, da duração do desvio de sangue e da resistência vascular pulmonar. O tratamento pode ser por cirurgia cardíaca e por cateterismo cardíaco em casos selecionados, quando implantamos uma prótese para oclusão do defeito. As complicações referentes às duas possibilidades são baixas nos dias atuais e a opção terapêutica fica à critério médico de acordo com cada caso.

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