A comunicação interatrial (CIA) é caracterizada por uma abertura no septo interatrial que é a estrutura que separa basicamente o átrio direito do átrio esquerdo, com passagem de sangue entre os átrios. Pode ser classificado em vários tipos dependendo da localização do orifício no septo. Pode ser único ou múltiplo ocorrendo em mais de um local do septo. Sua frequência é de 1 para cada 1500 nascidos vivos e corresponde a 6 – 10% de todos os defeitos cardíacos, com prevalência maior no sexo feminino. Existe associação de inúmeras síndromes com a Comunicação Interatrial, por este fato torna-se obrigatório uma investigação cardiológica para elucidação diagnóstica. O diagnóstico é dado pelo Ecocardiograma (ECO) Transtorácico em sua grande maioria, ficando reservado o Eco Transesofágico em pacientes maiores com janela ecocardiográfica difícil. Sua repercussão depende do tamanho do defeito, da duração do desvio de sangue e da resistência vascular pulmonar. O tratamento por ser via cirurgia cardíaca e numa grande parte por via cateterismo cardíaco quando implantamos uma prótese que fecha o defeito. As complicações referentes as duas possibilidades são baixas nos dias atuais e a opção terapêutica fica à critério médico de acordo com cada caso.

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